terça-feira, 26 de julho de 2016

Pai que matou o filho por não comer se entrega à polícia

O pai considerado suspeito pela polícia de matar o próprio filho espancado em Peruíbe, no litoral de São Paulo, se entregou no começo da tarde desta segunda-feira (18). Ele se apresentou à polícia de Itanhaém e em seguida foi levado até o Distrito Policial Sede de Peruíbe, onde foi interrogado pelas autoridades e preso.
Felipe de Jesus Soares Araújo, de 32 anos, é suspeito de espancar seu próprio filho, Rafael, de cinco anos. De acordo com a polícia e parentes da criança, o menino foi espancado porque deu trabalho ao pai na hora de comer. O crime aconteceu na noite da última sexta-feira (15), e o homem fugiu após a Polícia Militar ser acionada.

Além de Felipe, a mãe do menino Rafael também será ouvida pelos investigadores responsáveis pelo caso.
Segundo a madrinha da vítima, Luciana da Silva, de 34 anos, Felipe ligou para o celular da mãe de Rafael no dia seguinte ao crime.
"Por conta da confusão, o celular dela [mãe de Rafael] acabou ficando comigo, portanto quando o Felipe me ligou, eu que atendi. Ele disse que a culpa não era dele, que ele não teve a intenção de matar o menino. Eu pedi para ele se entregar, mas ele disse que não ia fazer porque estava com medo de ser morto por alguém. Nesse momento, eu disse que iria enterrar o filho dele e a ligação caiu", disse Luciana.
Ela conta também que conversou com a mãe do garoto, que está 'arrasada' com a situação.



Comportamento violento

A madrinha da criança diz que Felipe afirmou mais de uma vez que não gostava do filho e que o suspeito tinha um comportamento violento, que deixava a mãe de Rafael com medo.
"Certa vez, ele disse que não tinha nenhum amor pelo Rafael. Ele também era muito violento, e o medo era um dos motivos que mantinha a mãe do Rafael morando com esse monstro. Eu cheguei a sugerir para ela morar comigo, mas ele ameaçava ela caso saísse de casa", disse.
Perplexa com o ocorrido, Luciana pede para que alguém que tenha informações sobre o paradeiro de Felipe denuncie à polícia. "Toda a família está arrasada. Só queremos justiça. O pior de tudo foi vê-lo dentro do caixão, todo machucado. Esse menino era uma pessoa especial", desabafa.


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