Sem tempo para julgar Cunha, juízes brasileiros focam no que realmente importa: bloquear o WhatsApp
A Justiça mandou as operadoras bloquearem o WhatsApp em todo o país por 72 horas. A medida começará a valer a partir das 14h desta segunda-feira e a decisão, que é de 26 de abril, é do juiz Marcel Montalvão.
De acordo com a Justiça, a medida faz parte de uma série de decisões tidas como urgentes para o Brasil, como proibir a entrada no cinema de pipoca, refrigerantes e outras guloseimas que sejam compradas em outros estabelecimentos.
“O Brasil não pode perder tempo com besteiras”, disse o decano Celso de Mello em reação à polêmica. “O que é um Eduardo Cunha perto do clamor do povo brasileiro por passar pelo menos 72 horas sem receber meme antigo e foto de pôr-do-sol no grupo da família?”
Cursos de Direito das principais capitais do Brasil já lutam para ter, em seus currículos, mais um semestre de aulas só para ensinar como bloquear o Whatsapp.
A empresa que administra o app Telegram já estuda contratar juízes brasileiros como garotos-propaganda. O slogan seria: Telegram, o único app de mensagens que exige ser chamado de doutor sem ter doutorado.
Questionados sobre o processo contra Eduardo Cunha, que se arrasta no Supremo Tribunal Federal há 138 dias, foram categóricos: “Temos decisões muito mais importantes para tomar. A pipoca e o WhatsApp, por exemplo, são fundamentais para a reestruturação política do país e o combate à crise, já Cunha é segundo plano”
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